NINGUÉM PERDE NINGUÉM

 NINGUÉM PERDE NINGUÉM

22 Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora.

Epístola de Paulo aos Romanos, cap. 8:22.

São Paulo, escritor, pregador, empresário, advogado e apóstolo de JESUS

Obra de Peter Paul Rubens (1577-1640), pintor alemão.

 

Ninguém pode perder

O que está fora

E que a toda hora

Sofre mutações

Como as Quatro Estações:

Primavera, Verão, Outono e Inverno.

 

"Não se lamente. O que se perde retorna de outra forma."

Rumi (1207-1273), poeta e mestre espiritual persa.

 

Ou como se pode reclamar

Quando a matéria está a mudar

Os seus ciclos vitais

Infância, Juventude,

Fase Adulta e Decrepitude?

 

“O amor é o símbolo da eternidade; ele nos faz perder qualquer noção de tempo.”

Madame Stael (1766 - 1817), crítica literária, filosofa política e escritora francesa.

 

O Sol nasce e se põe,

E a Lua Crescente

Surge pela frente

Para mostrar as suas fases.

 

O brilhante Dia

Tem que respeitar a parceria

Da Noite que surge,

Pois o seu tempo urge.

 

A Chuva tem que parar

Quando o Sol volta a brilhar

Sobre toda a plantação.

 

“Abandonando nobremente quem nos deixa, colocamo-nos acima de quem perdemos.”

Madame Stael (1766 - 1817), crítica literária, filosofa política e escritora francesa.

 

A  Fonte

Solta pelo monte

A Água que vai para o Rio

Correr pelo seu leito.

 

A Semente é lançada no solo

E fica no colo

Da Mãe Terra

Que cuida dela

Até a germinação

Na forma de um vegetal.

 

“Morri como mineral e me tornei planta. Morri como planta e renasci como animal. Morri como animal e sou homem.”

Rumi (1207-1273), poeta e mestre espiritual persa.

 

A Árvore tem que perder

As Frutas maduras

Que caem do seu pé,

Ou as que são colhidas

Para alimentar muitas vidas.

 

O Mar perde os peixes

Que aos feixes

São pescados

E nos mercados

São vendidos.

Ninguém nada perde

Na transformação que mede

O interior e o exterior

De todas as gentes,

Que um dia devolverão

Na senda da evolução

O que não lhes pertence.

 

“O fim da vida não é a felicidade, mas o aperfeiçoamento.”

Madame Stael (1766 - 1817), crítica literária, filosofa política e escritora francesa.